Estréia no pregão pode acontecer até setembro; Company fará nova oferta pública de ações. O setor sucroalcooleiro vai ampliar sua presença na Bovespa ainda este ano. Depois da pioneira Cosan e da São Martinho, a próxima a desembarcar no pregão deve ser a Guarani. O anúncio foi feito ontem, em Paris, por sua controladora, a Tereos. O plano faz parte do projeto da companhia francesa de abrir o capital de capital de todo o grupo, com o objetivo de explorar os novos mercados de biocombustíveis. “Nós decidimos abrir o capital de nosso braço brasileiro ainda este ano e, além disso, estamos pensando sobre uma possível abertura de todo o grupo”, disse um porta-voz da companhia.
Ele disse que o lançamento da Guarani poderia ocorrer em setembro, mas que a agenda para a abertura do grupo ainda estava indefinida. “O objetivo é fortalecer a nossa posição nos mercados em ascensão, como os de glicose e etanol”, acrescentou. Procurada por este jornal, a diretoria da Guarani disse, por meio da assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre o assunto.
Expansão
Criada em 1976, a Guarani teve sua primeira usina em Olímpia, que fica a 500 quilômetros da capital paulista. Em julho de 2001, foi comprada pela Béghin-Say, atual Tereos. Desde então, cresceu até se tornar a terceira maior produtora de açúcar no Brasil. A companhia opera cinco usinas no país e deve processar 18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até 2012. Em setembro de 2006, o grupo inaugurou uma nova destilaria, que deve iniciar a produção em agosto próximo, com 500 mil toneladas de cana. A expectativa é de uma produção anual de 40 milhões de litros de etanol.
O porta-voz da Tereos disse que o lançamento de ações do grupo não abriria mais do que 25% da empresa. Esse é o piso exigido pelo Novo Mercado, segmento onde estão listadas a Cosan e a São Martinho.
Company fará nova oferta
Prestes a completar seu primeiro aniversário na Bolsa, a construtora Company submeteu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido para realizar uma nova oferta pública primária e secundária de ações. A operação será coordenada pelo ABN Amro. Em março de 2006, a Company obteve R$ 281,6 milhões com uma oferta dessa espécie. Como a empresa já tem 49% das ações em circulação no mercado, a nova operação deve determinar a pulverização do controle. Na Bovespa, o anúncio da oferta fez a ação ON da construtora fechar em queda de 4,63%, a R$ 23,50. A Gafisa, que estreou em fevereiro de 2006, também aguarda aprovação para nova oferta pública.