Mercado

Vaivém das commodities

ETANOL NOS EUA

O Brasil deve ser beneficiado com o aumento do consumo de etanol nos Estados Unidos -de acordo com a intenção anunciada no discurso de Bush. Na forma direta, esse efeito virá por meio do incremento da exportação brasileira de etanol e, indiretamente, pelo crescimento das vendas ao exterior de milho e soja e na sustentação dos preços internos dessas commodities.

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Para o economista e analista da área de bioenergia da consultoria Safras & Mercado, Miguel Biegai, é improvável que os EUA consigam atingir a meta de atender a demanda anual de 132,5 bilhões de litros de etanol projetada para 2017 -hoje produzem cerca de 20 bilhões de litros-, o que obrigará o país a entrar no mercado internacional para suprir necessidades.

TARIFA

A necessidade norte-americana por etanol deve flexibilizar as importações, que hoje são taxadas com imposto de importação de US$ 0,142 por litro, diz Biegai. O Brasil vendeu diretamente para os americanos no ano passado 1,7 bilhão de litros, dos 17,5 bilhões produzidos na safra 2006/07.

SUBSÍDIOS

O discurso do presidente norte-americano, George W. Bush, no qual propôs aumentar o uso do etanol no país, sinalizou o que deve ser aprovado na lei de política agrícola deste ano: maiores subsídios para as produções de milho e de etanol, na opinião do analista Biegai.