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Unica defende união entre países produtores

Os maiores produtores mundiais de biocombustíveis deveriam começar a trabalhar juntos dentro do objetivo de substituir os combustíveis fósseis usados nos meios de transporte, afirmou o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho.

“Em vez disso, nunca deixo de ficar perplexo, que ainda estamos considerando substituir o petróleo por combustíveis renováveis dentro do modelo de protecionismo do século 19”, disse ele, ao participar do Reuters Global Biofuel Summit. Os Estados Unidos, que se tornaram os maiores produtores mundiais de etanol, ultrapassando o Brasil na área, impõem uma tarifa de importação de 54 centavos de dólar por galão.

Segundo Carvalho, os dois países “são os maiores produtores de etanol do mundo e não estão trabalhando juntos”.

“Todos sabemos dos problemas logísticos que os EUA enfrentam levando etanol do Cinturão do Milho para o seu maior mercado consumidor, na costa oeste. Por que autoridades dos EUA não visitaram o Brasil para descobrir como distribuímos etanol por meio de dutos por todo o Brasil, que tem dimensões continentais, sem nenhum problema?”, questionou.

Ele acrescentou que os avanços recentes dos EUA na área de destilação poderiam beneficiar o Brasil, mas que há pouca troca de informação entre os dois países.

O presidente da Unica esteve recentemente na Califórnia para se encontrar com autoridades do governo com o objetivo de aprofundar o relacionamento entre os produtores etanol e disse que convidou o governador do estado, Arnold Schwarzenegger, para participar de um evento da Unica em São Paulo, em junho.