Mercado

Álcool corre o risco de perder mercado

Nos últimos dez dias o álcool sofreu duas altas no preço. A primeiro foi no dia 2, quando o combustível saltou dos R$ 1,359 para R$ 1,459 e menos de um semana depois registrou um novo aumento; de R$ 1,459 para R$ 1,559. Para os motoristas de carros a álcool ou flex, o combustível, atraente pela diferença de preço com a gasolina, já não está compensando tanto assim. “Do jeito que está indo a opção pelo álcool não vai valer a pena. Enquanto a diferença estiver em 65% a menos que a gasolina ainda dá para suportar. O problema é não temos nem para quem reclamar. A gente não tem um governo sério”, reclamou o contador Antônio Gonçalves dos Santos.

Para o entregador de móveis, José Antônio Francisco, que substituiu o carro a gasolina pelo a álcool, com as altas constantes no preço, essa mudança já não está compensando. “Não consigo entender como é que no país onde se produz o álcool, o combustível consegue ser tão caro até mesmo no período de safra. A gente nunca sai ganhando, questionou.

Segundo explicou os donos dos postos de combustível a majoração nos preços vem sendo praticada pelas distribuidoras desde o final do ano passado, sem nenhuma justificativa. De acordo com o proprietários do Posto Fragata, Carlos Nonato, diante disso as empresas passaram a repassar parte do aumento para o consumidor final.

Para o dono do Posto da Ilha, Marcos Arakaki, as próprias distribuidoras encontram meios de aumentar o valor do produtos entregues nos postos. Desde o final do ano passado até agora as distribuidoras já aumentaram em R$ 0,26 o litro do álcool para as revendedoras. Para compensar essa alta, o mercado repassou R$ 0,20 para a bomba.