A embrapa estuda a criação de sociedades de propósitos específicos para alavancar os negócios da agricultura brasileira. O projeto, uma espécie de parceria público-privada na ciência, seria iniciada já no próximo ano. Segundo Roberto Rodrigues, que participou hoje do 8º Congresso de Agribusiness, pessoas físicas e jurídicas poderão aplicar recursos financeiros em projetos específicos e, depois, ganhar royalties com a venda da tecnologia para outros países ou aéreas.
— Por exemplo, vamos fazer uma pesquisa para melhor a produtividade do hectare de cana-de-açúcar para dobrar a produção de etanol em dez anos. Então, pessoas e empresas ficam sócias e investem nesse projeto. Em primeiro lugar, os resultados serão apropriados pelos produtores. E os investidores que colocaram dinheiro no estudo vão ganhar royalties com a venda da tecnologia para outros países ou aéreas que não participaram do processo — disse Rodrigues.
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Para ele, a iniciativa mostra-se fundamental para o crescimento da agricultura no país, já que o estado brasileiro não está sendo capaz de atender a demanda que os avanços tecnológicos exigem.
— É uma sociedade em que a ciência pode dar lucro para os investidores. Isto é permitido pela Lei de Inovações, aprovada em 2004. Apesar de haver uma série de questões burocráticas, as sociedades já estarão funcionando ao longo de 2007. No fundo é uma parceira público-privada na ciência — acrescentou.
