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Safra de cana do Nordeste tem moagem acelerada com poucas chuva

A moagem de cana-de-açúcar na região Nordeste avança rapidamente, e o volume moído até meados do mês já passa de um terço da safra prevista nos maiores Estados produtores, afirmou nesta sexta-feira a entidade que representa as usinas de Pernambuco.

As chuvas foram escassas nos últimos meses, o que permitiu uma colheita rápida, observou Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-Pernambuco (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool).

“Tivemos um pouco de chuvas apenas agora, recentemente, então a moagem está muito eficiente. É o mesmo fenômeno ocorrido no centro-sul, afirmou ele por telefone.

Pernambuco, segundo maior produtor de cana da região Nordeste, processou até 15 de novembro 43 por cento da safra prevista, de 15,6 milhões de toneladas, segundo Cunha. Em igual período de 2005, o processamento havia atingido 33 por cento da safra esperada.

Com moagem de 6,86 milhões de toneladas de cana no acumulado, a produção de açúcar totalizou até a data 607 mil toneladas, e a de álcool, 124 milhões de litros. O sindicato não tinha imediatamente disponíveis dados de 2005 para comparação.

Cunha afirma que as características do tempo estão parecidas em Estados vizinhos, como Alagoas.

No principal Estado produtor do Nordeste, a moagem atingiu cerca de um terço da colheita esperada até dia 15, com 8,88 milhões de toneladas, 8 por cento a mais que até igual data de 2005. O Estado prevê moagem de 25 a 26 milhões de toneladas.

O volume de açúcar alcançou 788 mil toneladas, com aumento de 9 por cento sobre 2005, e 204 milhões de litros de álcool, com incremento de 12 por cento, segundo relatório do Sindaçúcar-Alagoas, (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool).

O levantamento aponta que o rendimento industrial no Estado está ligeiramente acima do verificado na safra passada: 134,8 quilos de ATR (açúcar total recuperável) por tonelada de cana, frente a 133,2 quilos.

Os produtores do Nordeste esperam que, após uma safra castigada pela estiagem, a produção se recupere para algo entre 52 e 54 milhões de toneladas na atual tempodada, contra 48-49 milhões em 2005/06.

A região responde por cerca de 15 por cento da produção brasileira de cana-de-açúcar.