As vendas brasileiras ao Iraque entre janeiro e outubro deste ano somaram US$ 90,8 milhões, a melhor marca dos últimos 15 anos. O resultado das exportações brasileiras àquele país no mês passado foi de US$ 38 milhões. Cerca de 85,58% do total corresponde à venda de açúcar e seus derivados, que também impulsionou o mercado indireto. “Se o resultado do mês passado se repetir em novembro e dezembro devemos encerrar o ano com exportações diretas de US$ 150 milhões”, afirma o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque, Jalal Chaya.
O açúcar também é o principal responsável pelo bom resultado das vendas feitas ao Iraque por intermédio dos países vizinhos. As exportações do Brasil ao mercado iraquiano, via países vizinhos do Iraque, atingiram a marca de US$ 45,94 milhões de janeiro a outubro desse ano, quase metade das exportações diretas. No total, as vendas do Brasil ao Iraque de janeiro a outubro foram de US$ 136,75 milhões.
Só em outubro, as exportações indiretas foram de US$ 14,4 milhões. Chaya acredita que os dois últimos meses serão tão bons quanto outubro. “A demanda está crescendo e o Iraque caminha para voltar a ser um grande parceiro comercial do Brasil, como foi na década de 80. A diversificação da pauta, hoje concentrada em alimentos, é o próximo passo”, afirma Chaya.
Notícias Relacionadas
Vendas indiretas
As exportações brasileiras ao mercado iraquiano, por intermédio de importadores dos países vizinhos do Iraque, não são contabilizadas na balança de relações bilaterais entre os dois países. “Essas operações são realizadas porque ainda falta infra-estrutura de armazenagem no Iraque para receber todos os produtos importados”, explica Chaya.
“É fundamental o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior consolidar esses dados porque é informação muito importante para quem busca oportunidades de negócios no exterior”, afirma Chaya. Ele alerta para um problema que tem ocorrido na fronteira iraquiana: a retenção de mercadorias. Todos os produtos importados pelo Iraque precisam de certificado de origem. As mercadorias exportadas de forma indireta sofrem dificuldades para ingressar no país por falta da documentação necessária. No Brasil, a concessão desse documento é feita pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque e pela embaixada do Iraque.
