O setor sucroalcooleiro deverá faturar este ano R$ 41 bilhões, o que corresponde a quase 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio nacional. Os números divulgados ontem na sessão de ontem da VI conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Álcool indicam a exuberância do setor e o seu potencial de crescimento. As exportações de açúcar este ano deverão proporcionar uma receita de US$ 7,3 bilhões, com o embarque de 19,3 milhões de toneladas do produto. Já o álcool deverá resultar em receita menor: US$ 1,5 bilhão, com o embarque de 3,1 bilhões de litros. Projeção apresentada durante o evento mostra ainda que a adição de álcool na gasolina proporcionou um economia em divisas de US$ 4,9 bilhões.
O dados foram apresentados para um público composto por analistas, usineiros e investidores estrangeiros em potencial. Em palestra feita durante o encontro, o presidente da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, mostrou que algumas das atividades da agroindústria canavieira poderão mais que dobrar em seis anos.
Exemplo disso é a projeção de crescimento das exportações de álcool combustível nos próximos seis anos. Neste ano, o total exportado deverá chegar a 3,1 bilhões de litros e em 2012, segundo a entidade, poderá chegar a 7 bilhões de litros. O destino dos embarques, segundo afirmou, seria América do Norte (2 bilhões de litros), Ásia (2 bilhões de litros). Europa (1 bilhão de litros) e para outros países (1 bilhão de litros).
O sucesso do negócio da cana depende de algumas condicionantes, como a elaboração de política públicas por parte do governo, esforço para o desenvolvimento dos mercados e principalmente, o comportamento dos preços da gasolina e do petróleo. Segundo alguns analistas, o álcool mantém-se lucrativa com o petróleo cotado até a US$ 37 o barril. O mesmo não se aplica ao açúcar que é considerado inelástico e a variação da demanda nunca ultrapassa a 2% ao ano, afirmou Carvalho.