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Bolívia exige investimentos de US$ 1,5 bi de petrolíferas

O governo boliviano exigirá investimentos de cerca de US$ 1,5 bilhão das companhias petrolíferas que assinarem o contrato que as tornará prestadoras de serviço da YPFB. O dinheiro, segundo La Paz, será usado na perfuração de novos poços para aumentar a produção de petróleo e gás do país.

O anúncio foi feito na noite de terça pelo ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas. Ele disse que com as novas aplicações o país terá nos próximos dois anos gás suficiente “para cobrir a demanda da Argentina e qualquer outro pedido”.

O vice-presidente Álvaro García Linera já afirmou que o país está no limite de sua produção energética. Segundo ele, há gás suficiente para assumir novos compromissos, mas no subsolo, “não na boca do poço”.

Também na terça-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa paga 82% da receita da produção de gás e que os 18% restantes “podem pagar o custo de produção, mas não dão para fazer o investimento necessário para manter a produção. Se não houver mudança nas condições econômicas e locais, faltará investimento”.

Os investimentos das empresas petrolíferas estrangeiras na Bolívia estão caindo nos últimos anos. A projeção para este ano, de US$ 60 milhões, é menos de um décimo do recorde histórico, de US$ 610 milhões, registrado em 1998.

No ano passado, elas gastaram US$ 200 milhões no país. Para a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos, a queda em 2006 é resultado da falta de segurança jurídica, reforçada pelo decreto de nacionalização.