Os biocombustíveis são uma “paixão” do governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo ele próprio reconheceu ontem participou do 1 Encontro Nacional do Biocombustível, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Para ele, a produção de combustíveis alternativos aos derivados do petróleo representam uma garantia à soberania nacional. Essa é uma das razões de seu “comprometimento pessoal” com a promoção comercial dos biocombustíveis quando se reúne com líderes de outros países. Diz ter certeza que esses contatos renderão negócios para o Brasil.
Para o presidente, a atração de investimentos depende da certeza de que o Brasil garantirá o fornecimento de energia para as pessoas que querem produzir no país. Cuidar da energia de um país é como cuidar do coração. Tem que fazer “check up” cotidianamente.
A lei 11.097, sancionada no ano passado, determinou que o diesel deve conter 2% de biodiesel a partir de 2008. Em 2013, esse percentual passará a ser de 5%. Sem citar datas, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a dizer que o governo pretende antecipar tais metas. Atualmente, o Brasil produz 123 milhões de litros de biodiesel por ano. Para cumprir a lei, a produção terá de ser de 840 milhões de litros por ano, o que equivale a 2% dos 42 bilhões de litros de diesel consumidos anualmente no Brasil.
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Sete usinas de biodiesel já estão em operação. Outras 14 aguardam regularização e mais 16 estão sendo projetadas ou em construção. Quando todas essas unidades estiverem em operação, o país terá uma capacidade de produção de 1,6 bilhão de litros de biodiesel por ano. Cerca de 2.300 postos de combustíveis se anteciparam à lei e já vendem diesel com 2% de biodiesel.
Dilma estima que esse número passe para 4 mil no fim do ano. A ministra está interessadas na ampliação da inovação tecnológica para que “biorrefinarias” possam ser construídas. Para incentivar a atividade do setor de biocombustíveis, o governo deve investir, por meio de estatais e ministérios, R$ 355 milhões até 2008. O presidente Lula ponderou que esperará o fortalecimento da cadeia produtiva do setor para antecipar o calendário de mistura do biodiesel ao diesel. “Não nos deixaremos levar pela empolgação e nem vamos colocar o carro na frente dos bois.
