Os veículos oficiais do governo do Estado poderão funcionar a Gás Natural Veicular (GNV) para economizar em combustível. A proposta está no projeto de lei de autoria do deputado Ruy Pauletti (PSDB). A medida pretende abranger os veículos dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, além dos carros do Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública.
“A medida trará uma economia para o Estado e um ganho ambiental para a sociedade”, argumenta Pauletti. A idéia seria converter 20% da frota ao ano até chegar a um patamar de 80%. No entanto, Pauletti admite realizar uma emenda e baixar esse percentual para 50%.
O projeto já foi protocolado na Assembléia Legislativa, mas Pauletti acredita que ele só poderá ser submetido à aprovação no próximo ano. O sócio-diretor da Gas Energy, Marco Tavares, informa que o retorno do investimento na adaptação ao GNV, para veículos que rodam em média 1,5 mil quilômetros ao mês, é obtido em dois anos.
Tavares avalia que não haveria problemas de fornecimento de gás natural caso seja aprovado o projeto de lei do deputado Pauletti. “O que não pode haver é um programa de massificação do gás natural porque haverá um estreitamento de oferta até 2010”, afirma o executivo.
As instalações de kits de GNV aumentaram 40,8% em julho no Rio Grande do Sul, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da Associação dos Instaladores de Equipamentos de Gás Natural do Estado (Ascongás-RS), foram realizadas 538 instalações no mês passado, ante 382 em julho de 2005. Em relação a junho, os números foram praticamente os mesmos, apenas quatro instalações a mais.
Este ano marca o primeiro vencimento dos cilindros de GNV instalados em 2001, ano que inaugurou o uso deste combustível no Rio Grande do Sul. Conforme a Inspekar (empresa de inspeção veicular), a cada cinco anos os cilindros devem ser requalificados. “Quem não fizer este procedimento, não consegue fazer a renovação periódica do selo de garantia do Inmetro”, informa o diretor-proprietário da empresa, Sandro Giannastasio. A requalificação, explica ele, serve para evitar pequenos vazamentos, que podem trazer perigo e comprometer o desempenho do kit GNV.