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Exportações crescem US$ 10 bi no total do ano

O total exportado pelo Brasil de janeiro até a primeira semana de agosto deste ano foi de US$ 76,907 bilhões, valor quase US$ 10 bilhões superior ao registrado no mesmo período de 2005 (US$ 67,072 bilhões), segundo informou ontem o Ministério do Desenvolvimento. Para os técnicos, isso mostra que a valorização cambial está sendo compensada por outros fatores, como a alta dos preços das commodities no exterior e a conquista de novos mercados.

Mais baratas por conta do real mais valorizado do que o dólar, as compras externas continuam subindo mais do que as exportações. Em relação a agosto de 2005, a média diária importada, de US$ 433 milhões, aumentou 29,4%. As importações de adubos e fertilizantes aumentaram 108,3%, como reflexo da época de plantio da próxima safra agrícola de grãos, que começa a ser colhida a partir de fevereiro de 2007.

O país também gastou mais com aviões e peças (87,6%), combustíveis e lubrificantes (55,8%), produtos farmacêuticos (30,1%), siderúrgicos (26,4%), equipamentos eletroeletrônicos (24,9%) e automóveis e partes (21,3%).

A média diária exportada, de US$ 593,3 milhões, subiu 20,9%. Os maiores destaques foram os semimanufaturados, cujos embarques cresceram 53,6%, com a contribuição de açúcar em bruto, catodos de níquel, ligas de alumínio, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, celulose, couros e peles.

As vendas de manufaturados aumentaram 30,5%, graças às exportações de etanol, gasolina, motores e geradores, açúcar refinado e calçados.

Superávit pode chegar a US$ 42 bi, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que o Brasil deverá fechar o ano com superávit de US$ 42 bilhões na balança comercial. A previsão é de US$ 132 bilhões em receitas com exportações e US$ 90 bilhões em importações. Se confirmadas as projeções, o país alcançará a marca de US$ 222 bilhões em corrente de comércio no ano, mais do que o dobro das transações de comércio exterior em 2002, de US$ 107 bilhões.

— Esperamos até dezembro ter números melhores do que nos mesmos meses do ano passado, tanto em importações como em exportações — disse Furlan, depois de participar de evento da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Bebidas e Alimentos (Abba), em São Paulo.

O ministro ressaltou que o aumento de 22% nas importações (que em 2005 somaram pouco mais de US$ 70 bilhões) reflete o bom momento da economia e a retomada da demanda no mercado interno.