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IPC da Fipe sobe para 0,16% na 3ª semana do mês

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe subiu 0,16% na terceira quadrissemana de junho, voltando ao nível do fim de março. Na terceira pesquisa de março, a taxa estava em 0,24% e fechou o mês em 0,14%.

Em abril, teve variação negativa em todas as quadrissemanas e, nos dois primeiros IPCs de maio, a máxima foi de 0,08%.

Do fim de maio até início deste mês, o IPC-Fipe teve só variações negativas (0,05% na 3ª quadrissemana de maio; 0,22% no fechamento; 0,38% na 1ª pesquisa de junho; 0,50% na 2ª; 0,44% na 3ª; 0,31% no encerramento do mês e 0,19% na primeira apuração de julho. Na segunda, o índice voltou a ficar positivo (0,02%).

A alta na terceira quadrissemana de julho deve-se, sobretudo, à subida dos alimentos e do álcool combustível. A alimentação subiu 0,18% e os transportes, 0,24%. Saúde (0,5%) e despesas pessoais (0,33%) tiveram as maiores altas.

Economistas consultados pelo Estado disseram que vão ficar atentos ao comportamento do índice para verificar se ele voltará ao nível histórico (de alta média de 0,35% a 0,40% do índice por expurgo dos alimentos no domicílio e das tarifas públicas) ou se continuará abaixo deste nível.

PROJEÇÕES

Foi justamente o registro de taxas baixas – muitas delas negativas – que fez com que o coordenador do IPC, Paulo Picchetti, revisasse sua estimativa para o índice deste ano, de 4% para 2,5%.

Picchetti manteve sua projeção de que a inflação na capital paulista ficará em 0,20% em julho. De acordo com ele, até o momento, o índice vem se comportando conforme o esperado. Ele citou como exemplo o item Viagem (Excursão). Sua estimativa para este serviço é de aumento de 6,5% no fim do mês, após as férias escolares. Na terceira quadrissemana, o item subiu 4,59%, a segunda maior elevação individual.

Sobre a queda de 0,58% do grupo Vestuário, Picchetti atribuiu o comportamento de baixa dos preços ao clima: Praticamente, não tivemos inverno neste ano. O coordenador destacou também o comportamento do preço álcool combustível, a décima maior alta individual do IPC na terceira quadrissemana, de 1,99% e contribuição de 0,01 ponto porcentual.