O vice-presidente do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, anunciou em Curitiba a oferta de linha de crédito no valor de R$ 1,3 bilhão para diversos programas especiais da agropecuária do Paraná. A conta bancária do governo do estado foi transferida recentemente do Itaú para o Banco do Brasil.
Segundo o Secretário da Agricultura, Nilton Phol Ribas, estão sendo organizados grupos de técnicos da Secretaria e do Banco que, juntos, vão definir as ações e metas para que os recursos ofertados cheguem aos produtores paranaenses.
O Banco do Brasil deverá apoiar a produção da agricultura orgânica, setor onde serão alocados R$ 170 milhões em recursos. Segundo o gerente de Agronegócio do Banco do Brasil, Sérgio Mantovani, não havia uma linha específica de crédito para a agricultura orgânica e agora “o Paraná, que é um dos pioneiros na produção de orgânicos, passa a contar com uma linha especial de financiamento, através do Pronaf, visando à expansão de um mercado que cresce 20% ao ano”.
No setor de armazenagem da produção agrícola, estarão disponíveis R$ 300 milhões segundo Sérgio Mantovani e tradicionalmente a linha de crédito voltada para a atividade é utilizada por médios e grandes produtores. “Com o volume de recursos ofertado, espera-se que o pequeno produtor também possa investir em armazenagem”, disse.
Na área da pecuária leiteira, serão R$ 300 milhões para investimentos nas bacias leiteiras do Estado e na área do biodiesel são ofertados R$ 50 milhões. Esses recursos são para que o pequeno produtor possa financiar a produção de matéria-prima usada no biodiesel. Já em relação ao Fundo de Aval, que atende a agricultura familiar, são ofertados outros R$ 200 milhões. Como garantia dos preços agropecuários, o Banco oferece R$ 20 milhões como mecanismos de proteção de preços ao produtor.
O segmento da fruticultura, por sua vez, foi beneficiado com R$ 150 milhões. Para o secretário da agricultura, os recursos devem estimular a produção, que é uma importante alternativa para diversificação das pequenas e médias propriedades porque a produção de frutas, geralmente, não ocupa grandes áreas.
Finalmente, estarão disponíveis outros R$ 110 milhões para o setor de cultivos florestais levando-se em conta o déficit de fornecimento de madeira para a indústria. Segundo Nilton Phol Ribas, há dois anos e meio o Paraná realiza estudos e trabalhos técnicos para que o Estado possa atender a reivindicação do setor madeireiro, por meio da implementação de uma política de cultivos florestais, voltada à industrialização.