Mercado

Nova cadeia produtiva

Formatado com o objetivo de subsidiar as políticas públicas para o setor e mostrar aos investidores as potencialidades dessa nova cadeia produtiva, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica da Cadeia de Suprimento do Biodiesel na Bahia está em fase de finalização pela equipe da PUU/RJ, coordenada pelo professor Sílvio Hamacher. Os dados preliminares foram apresentados recentemente aos dirigentes e técnicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), órgãos que encomendaram o estudo, confirmando, com estatísticas e simulações, o que eles já sabiam de forma empírica: que é viável investir nesse projeto.

Afinal, o estado tem capacidade para produzir 50% da demanda nacional de biocombustível, da ordem de 800 milhões de litros por ano. A viabilidade é assegurada tanto pela grande variedade de oleaginosas produzidas no estado (incluindo dendê, mamona, soja, algodão e girassol), quanto pela ampla oferta de áreas com vocação para os diversos segmentos da cadeia. “Os estudos confirmaram, por exemplo, que o biodiesel baiano é um produto que tem competitividade inclusive para participar de leilões”, frisou o diretor de Fortalecimento Tecnológico e Empresarial da Secti, Roberto Fortuna, que coordena o Programa Baiano de Biodiesel.

A importância do estudo de Viabilidade, segundo ele, está tanto em mostrar o potencial do produto para os investidores quanto em balizar as políticas públicas que serão necessárias para concretizar o programa, que é nacional e tem como objetivo a produção de biodiesel em larga escala para reduzir a dependência de importação de combustível. Além de suprir a demanda interna, a Bahia tem condições de conquistar importantes mercados internacionais, como a Alemanha, maior consumidor de biodiesel do mundo, e outros países europeus.

“Por ser uma cadeia nova, promoverá uma verdadeira revolução no campo”, diz Fortuna, observando que isso exigirá políticas públicas para organizar toda a sistemática de produção; dar apoio aos produtores em relação aos contratos com as grandes empresas; definir mecanismos fiscais e tributários; identificar os gargalos da logística e traçar estratégias para facilitar o escoamento da produção, entre outras medidas.