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Usinas vão operar 24h e radinho é a solução

Em plena safra canavieira, as usinas de açúcar e álcool do Centro-Sul do País operam 24 horas, sete dias por semana. Mas nem por isso os funcionários deixarão de ver ou ouvir os jogos do Brasil nesta Copa do Mundo. “As usinas não param, mas os funcionários, quando não são dispensados, sempre dão um jeito acompanhar os jogos do Brasil, pela TV ou nos radinhos”, diz o empresário Maurílio Biagi Filho, presidente das usinas Moema, de Orindiúva (SP), e Cevasa, de Patrocínio Paulista (SP).

“Quando o jogo for às 16 horas, acredito que os cortadores de cana e o pessoal administrativo, que representam 60% do expediente, possam ser dispensados”, afirma Biagi. “A parte industrial não tem como parar, mas todos, à sua maneira, dão um jeito de acompanhar, como ocorreu em todas as copas do mundo”, acrescenta. “Na maioria das usinas o esquema para a Copa é assim.”

Quando os jogos da seleção forem às 13 horas, não será surpresa os trabalhadores rurais, que ganham por tonelada de cana cortada, deixarem os foições de lado para ver os jogos em aparelhos de TV portáteis.

Eventuais perdas de horas trabalhadas poderão ser repostas. Mas Biagi acha que a Copa do Mundo é “mais um assunto que perturba o trabalho”. Segundo ele, neste ano o Brasil trabalhará menos, pois além do excesso de feriados, houve crise política e de segurança pública, e ainda teremos pela frente a Copa do Mundo e as eleições.

O empresário, ao contrário da maioria da população, sempre aproveitou o período de jogos do Brasil para trabalhar. “Depois, assisto às reprises.”