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Brasil deve ter programa de álcool com Inglaterra e África

O Brasil participará de um programa de produção de álcool na África do Sul que deve, numa segunda fase, estimular o plantio de cana e fabricação do combustível em outros países do continente africano, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, no fim de semana.

O projeto, que também tem participação da Inglaterra, deve ser o primeiro dentro do grupo de trabalho para comércio e investimentos instalado na semana passada, em Londres, durante visita de Furlan.

“A primeira tarefa é fazer um programa trilateral de álcool. Um projeto-piloto para produção de cana na África e transformação em etanol”, afirmou ele a Reuters, em Viena, onde permaneceu até o sabado para a 4a. Cúpula América Latina e Caribe-União Européia.

“A partir desse modelo, a produção seria ampliada para o cone sul da África”, explicou Furlan.

O setor brasileiro de álcool defende há algum tempo a produção de álcool na África.

Com o desenvolvimento de um mercado no continente, o Brasil teria condições de atuar nele como fornecedor.

Outro benefício com a produção na África seria a redução dos gastos de vários países pobres com a importação de combustíveis.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial do combustível, deve fornecer tecnologia para a produção na África. Já a Inglaterra tem interesse no uso do combustível.

Furlan afirmou que ainda não foram definidos mais detalhes do projeto.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, deve viajar a Inglaterra dentro de duas semanas para tratar do assunto, juntamente com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse Furlan.