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Pacote não inibe protestos

Apesar do anúncio pacote de socorro agrícola anunciado sexta-feira pelo governo federal, os produtores rurais mantêm os protestos no Paraná. Na noite de sexta-feira, os agricultores mantinham bloqueios em três pontos na ferrovia administrada pela América Latina Logística (ALL), nos municípios de Ibiporã, Sarandi e Marialva, no norte do estado. A ALL informou que já obteve liminares determinando a reintegração de posse nas linhas de Sarandi e Marialva. Os agricultores resistem.

Segundo a ferrovia, o movimento paralisou 800 vagões. Cerca de 25 mil toneladas por dia de farelo de soja, soja em grão, trigo, milho e açúcar deixam de seguir para o porto de Paranaguá. O protesto atinge empresas como Cargill, Bunge, Imcopa e Coinbra. Outros 2,4 milhões de litros de álcool, 5,4 milhões de litros de combustíveis e 50 mil sacas de cimento deixam de chegar ao destino diariamente.

Para contornar a situação, muitas empresas têm optado por utilizar o transporte rodoviário, o que começa a pressionar os preços dos fretes, segundo Diumar Bueno, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos do Paraná (Sindicam-PR). “Se o movimento se prolongar, teremos elevação dos custos”, diz. Bueno diz que, embora solidária, a categoria não deve aderir ao movimento de protestos.