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Cooperativa é referência na questão agrária

A Cooperativa Pindorama, localizada na Zona da Mata Alagoana, no município paraense de Coruripe, completa 50 anos em 2006. A entidade é para muitos especialistas e estudiosos do tema reforma agrária, um exemplo bem-sucedido a ser seguido. Considerada a maior do setor agroindustrial do Nordeste, atualmente a cooperativa gera cerca de 9,4 mil postos de trabalho no campo, dos quais 700 são cortadores de cana, na época da colheita, 1,4 mil empregos diretos na indústria de sucos e na usina.

“Nosso diferencial é sermos de fato uma cooperativa. Não queremos perder as características de distribuição de terra e renda. Aqui não tem ninguém dono de tudo, ou outro, sem nada”, enfatiza Klécio José dos Santos, atual presidente da Coooperativa Pindorama, que está em seu quinto mandato.

A comunidade conta com 1,160 mil associados e ocupa 32 mil hectares encravados numa região dominada por grandes latifúndios e detentora da maior taxa de concentração de riqueza e renda do País.

Atualmente, a cooperativa gera cerca de 9,4 mil postos de trabalho no campo, dos quais 700 são cortadores de cana, na época da colheita, 1,4 mil empregos diretos na indústria de sucos e na usina. Atualmente no comércio e serviços da comunidade trabalham cerca de mil pessoas.

A Cooperativa Pindorama foi instalada nas terras da falida Companhia Progresso Rural, no final dos anos 50. Nestes 50 anos, a cooperativa enfrentou crises e, hoje em dia, vive seu melhor momento. “A história da Pindorama é cheia de lutas e vitórias. As pequenas propriedades que não entraram na cooperativa, não existem mais”, conta Klécio.

O presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Luiz Otávio Gomes, avalia: “É uma cooperativa que deu certo. Seus associados são empresários agrícolas de pequeno porte, que se sentam à mesa de negociação com garndes empresários alagoanos para discutir a questão alcooleira”, diz.