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R$ 1 milhão para cursos

A Comissão Municipal de Emprego (Com-Emprego) protocolou junto ao Ministério do Trabalho projeto para qualificação da mão-de-obra em Piracicaba, que solicita a liberação de recursos na ordem de R$ 1 milhão, para investimentos em cursos. Luciano Santos Tavares de Almeida, titular da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Semic) e ex-presidente da Com-Emprego, informa que o projeto de Municipalização da Estrutura de Apoio ao Trabalhador proposto pelo governo federal permite a cidades com 350 mil habitantes solicitar recursos para qualificação da mão-de-obra em diferentes setores. “Todo o processo da esfera federal é moroso. Temos de aguardar se o nosso projeto vai ser aprovado ou não”, observa.

Entre as ações iniciadas por Luciano Almeida durante o seu mandato na Com-Emprego destacam-se a contratação neste ano de 166 cortadores de cana pela Cosan, que fizeram curso de qualificação pelo projeto Cana Limpa, e a elaboração do projeto Arranjo Produtivo Local do Álcool, que tem convênio firmado com o governo estadual. O lançamento deste projeto será em 19 de maio e está pré-confirmada a presença de Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O objetivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool, explica Luciano Almeida, é fazer a junção de empresas do setor sucroalcooleiro de Piracicaba, para tornar a região mais competitiva. O projeto visa a padronização, certificação do álcool, melhorar a logística de escoamento da produção.

Os integrantes da Com-Emprego pretendem entregar ao ministro uma “carta” de Piracicaba solicitando a revisão da política cambial praticada pelo governo. Preocupado com a queda nas exportações, José Antonio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato dos Bancários e coordenador da bancada dos trabalhadores da Com-Emprego, teme pela saída de outras empresas instaladas em Piracicaba.

A Delphi, citou Paiva, foi embora pela desvalorização cambial. Para ele, o fato de Piracicaba pertencer a um pólo tecnológico pode acarretar outros impactos negativos diante da atual política de câmbio. “Se não nos manifestarmos, pode haver mais desemprego porque as empresas não conseguem exportar”, avalia.

Durante a reunião, Ophir Figueiredo Júnior, atual presidente da Com-Emprego, ressaltou a necessidade de a Comissão desenvolver projetos de atendimento aos portadores de deficiências e da cidade se posicionar contra a política cambial. Segundo Figueiredo Júnior, o papel da Comissão é propor políticas de incremento de geração de emprego e renda. “É tripartite, integrada por representantes do poder público, sindicatos patronais e empregados”, diz.