Uma nova distribuidora de combustíveis, com faturamento anual de cerca de R$ 4,3 bilhões, nasceu da fusão entre a empresa mineira Ale e a potiguar SAT. A AleSat, cujo início das operações foi anunciado ontem no Rio, conta inicialmente com 1,1 mil postos em 20 Estados, e o objetivo é atingir 1,8 mil postos em 2010, com investimentos de R$ 125 milhões em quatro anos.
As duas marcas vão continuar com bandeiras separadas e o nome AleSat só será incorporado nos postos caso uma pesquisa que será realizada aponte boa aceitação de fornecedores e consumidores.
Por outro lado, a SAT vai expandir seus negócios para além das fronteiras do Norte e Nordeste, enquanto a Ale, que atua sobretudo no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, chegará a essas regiões.
O presidente do conselho de administração da AleSat, Jorge Cavalieri, disse que o negócio tem como principal objetivo ganhar escala e presença no processo de consolidação do mercado nacional. Ele adiantou que a empresa deverá negociar ações em bolsa no futuro, mas ainda não há um prazo definido.
A AleSat chega ao mercado na sexta posição no ranking nacional, com 3,7% de participação e comercialização de cerca de 2,5 bilhões de litros de combustível por ano. Cavalieri disse que a meta é aumentar a distribuição para 3,5 bilhões de litros anuais até 2010, elevando a fatia de mercado para 5%, quando o faturamento da nova empresa deverá atingir cerca de R$ 6 bilhões.
TROCA DE AÇÕES
Cavalieri disse que não houve investimentos no processo de fusão, que consistiu apenas numa troca de ações entre acionistas da Ale e da SAT, sendo que cada uma ficou com uma fatia de 50% da AleSat. O presidente executivo da AleSat, Marcelo Alecrim, disse que o local da sede da nova empresa ainda não foi definido, mas há conversas com representantes dos Estados do Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A Ale e a SAT foram fundadas em 1996, estimuladas pela abertura do mercado brasileiro de combustíveis. A Ale Combustíveis integra o Grupo Asamar, que atuava na área cimenteira antes de se dedicar ao ramo de petróleo e atualmente tem negócios também nas áreas de empreendimentos imobiliários e reflorestamento.
Já a SAT tem sede em Natal (RN), integra o grupo Caraú e tem parceria com o fundo de investimentos norteamericano Darby, líder no segmento de fundos de private equity nos Estados Unidos. O presidente do Darby, Richard Frank, disse ontem que pretende aumentar os aportes na AleSat, mas não quis adiantar quanto ou quando isso ocorrerá.