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Mato Grosso pode ter centro internacional de referência do biodiesel

A Assembléia Legislativa se une à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para viabilizar a instalação de um Centro Internacional de Referência em Biodiesel no Estado. A meta é garantir aos empresários mato-grossenses, com o Centro, respaldo na formação de recurso humano e continuidade ao trabalho de produção de conhecimento.

A parceria foi firmada durante reunião entre o Pró-reitor de Pesquisa da UFMT, professor Paulo Teixeira de Sousa Júnior e o presidente da Assembléia, deputado Silval Barbosa (PMDB). Agora, o Legislativo e a UFMT se preparam para assinarem um Termo de Cooperação, para o desenvolvimento do projeto.

Durante visita ao presidente da Assembléia, o professor Paulo Teixeira ressaltou que até 2008 a previsão é que o Estado estará produzindo 17,5% de todo o biodiesel do Brasil.

O Pró-reitor de Pesquisa da UFMT ainda destacou, durante a reunião, que todas as atividades que a UFMT vem fazendo em relação ao biodiesel. “Nós temos uma tecnologia desenvolvida na faculdade que é inédita, está sendo patenteada hoje no Estados Unidos, no Japão, na Europa, na China e na Índia. Tem várias vantagens sobre qualquer tecnologia que tem no mercado. Temos também projetos que trabalham a questão da inclusão social com o biodiesel, que é o caso do projeto que temos em Guariba, com a Eletronorte”.

A proposta de instalação do Centro em Mato Grosso já foi levada ao conhecimento do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), que demonstrou interesse.

Com o apoio da Assembléia, garantido pelo presidente da Casa, a intenção é agilizar o processo. “Mato Grosso tem tudo para sediar um Centro deste. Primeiro pela força do agronegócio. Em segundo lugar por causa da nossa posição geográfica, tanto com relação ao Mercosul, quanto com relação ao Brasil. E em terceiro lugar pelas condições que a UFMT oferece e que nenhuma outra faculdade no país oferece condições tão favoráveis sobre esta questão do biodiesel. E, acima de tudo, pela necessidade que o Estado vai ter de recurso humano para trabalhar nestas usinas”.