As exportações do agronegócio somaram, nos primeiros 11 meses do ano, US$ 39,936 bilhões, com destaque para açúcar e álcool e café. Além de recorde para o período, o montante é US$ 900 milhões maior do que o registrado em todo o ano de 2004.
No acumulado do ano, as importações cresceram 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado e atingiram US$ 4,652 bilhões. O superávit de US$ 35,284 bilhões também é o melhor para períodos de 11 meses.
Os resultados acontecem no ano em que a agricultura brasileira enfrentou “o pior dos mundos”, nas palavras do ministro Roberto Rodrigues, e a pecuária sofre com a febre aftosa.
O ministério estimava que o saldo da balança do setor fechasse 2005 em torno de US$ 34 bilhões ou US$ 35 bilhões. É provável que o superávit ultrapasse a marca dos US$ 38 bilhões, contra os US$ 34,134 bilhões do ano passado.
Os produtos que registraram as maiores variações percentuais dos valores exportados de janeiro a novembro foram açúcar e álcool (51,8%), café (46%) e carnes (30,7%). Esses crescimentos compensaram com folga a queda de 8,1% ocorrida no complexo soja, carro-chefe da balança.
As exportações de açúcar e álcool geraram US$ 2,8 bilhões nos 11 primeiros meses de 2004 e US$ 4,3 bilhões neste ano. Os ganhos com o café passaram de US$ 1,6 bilhão para US$ 2,4 bilhões.
Em novembro, a soja foi o produto que mais contribuiu para que as exportações (US$ 3,723 bilhões) e o superávit (US$ 3,261 bilhões) registrassem recordes.
A receita do produto foi 80,2% maior do que a de novembro de 2004, ao passar de US$ 407 milhões para US$ 733,8 milhões.
O complexo carnes apresentou crescimento de 14%.
A carne bovina “in natura” teve redução de 7,6% no valor exportado (de US$ 184 milhões para US$ 170 milhões) por causa dos focos de febre aftosa.
O recuo só não foi maior porque o aumento de 19,4% no preço médio do produto compensou parcialmente a queda de 22% no volume.
Desde o anúncio do primeiro foco de aftosa, em 10 de outubro, 52 países embargaram carne e outros produtos brasileiros.