A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que a produção de autoveículos (conjunto que engloba automóveis, caminhões e ônibus) em 2006 crescerá 5,5% em relação a 2005, quebrando o recorde que já foi atingido nesse ano. Conforme as previsões da entidade, 2005 vai fechar com uma produção de 2,44 milhões de unidades e esse número deve subir para 2,55 milhões no ano que vem.
Em relação às exportações, que também atingiram nível inédito nesse ano, o desempenho deve decair bastante, embora mantenha ainda saldos positivos. Em 2005, os valores das exportações somarão US$ 11,2 bilhões, segundo a Anfavea. No ano que vem, a cifra deverá ser de US$ 11,5. O incremento é modesto se comparado com a variação entre 2004 e 2005, que foi de 33,6%.
Na análise de Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea, o crescimento do setor automobilístico nesse ano deve-se essencialmente à expansão do crédito. “Crédito e mesmo os juros, que ainda são baratos, foram os fatores que impulsionaram o setor”, afirmou.
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A Anfavea também analisou a venda de veículos por tipo de combustível. Só em outubro, a venda de automóveis com tecnologia bicombustível (gasolina e álcool) superou 1 milhão de unidades. “O flex deve continuar crescendo. É um sucesso extremo porque contorna as incertezas do preço do petróleo e aproveita-se da boa fase do setor sucroalcooleiro”, disse Golfarb.
Os dados negativos concentram-se no segmento de máquinas agrícolas, cuja crise resultou, entre janeiro e novembro, num tombo de 39% nas vendas internas no atacado em relação ao mesmo período de 2004.
