O Brasil, primeiro produtor mundial de açúcar, convidou outros fornecedores de cana-de-açúcar a se empenharem no setor de biocombustíveis, aumentando sua produção de álcool. O presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira) de São Paulo, Eduardo Pereira de Carvalho, apresentou a indústria de cana-de-açúcar do Brasil como “o modelo de desenvolvimento a ser seguido no século 21”.
“O exemplo do Brasil comprova o sucesso de um combustível para os transportes proveniente de uma fonte renovável, como o álcool à base de cana-de-açúcar”, disse carvalho nesta quarta-feira, durante conferência anual da ISO (Organização Internacional do Açúcar) realizada nesta semana em Londres. “Não é do interesse do Brasil monopolizar o açúcar e o álcool”, afirmou.
Segundo ele, com os investimentos, a África pode ser tão competitiva como o Brasil em questão de energia “verde”. “A equação açúcar/álcool é uma alternativa que pode promover um equilíbrio entre a economia e o meio ambiente, e combater as desigualdades entre países”, explicou Eduardo Pereira de Carvalho. “O açúcar e o etanol são irmãos gêmeos que são a chave do desenvolvimento durável”.
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O Brasil é o maior produtor de álcool, um biocombustível bastante em voga este ano após a disparada dos preços da gasolina. O Brasil já possui 1 milhão de carros equipados com motores biocombustíveis (os chamados “flexfuel”), motivos a álcool e gasolina, apenas dois anos após o lançamento destes carros.
O Brasil quer ainda substituir o diesel pelo álcool para os veículos pesos-pesados. Segundo Carvalho, a experiência do Brasil representa uma boa ferramenta para criar um mercado mundial de agroenergia.
