A força das ondas deixa de ser um privilégio dos surfistas e passa a ser a matéria-prima para a geração de energia elétrica de forma limpa e eficiente. A implantação de uma usina no litoral do Ceará mostra que esse é mais um potencial a ser explorado no Brasil. São 8,5 mil quilômetros de costa, onde se pode aproveitar, além de sol e vento, a energia proveniente do mar.
A praia de Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, foi o local escolhido por cientistas brasileiros para receber a primeira usina que utiliza as ondas do mar para a geração de energia elétrica no continente americano.
A previsão do coordenador do projeto, professor Segen Estefen, é de que até 2006 a usina tenha capacidade para gerar 500 KW de energia elétrica – o suficiente para abastecer 200 casas. Inicialmente, o programa vai funcionar em fase de teste e deve gerar cerca de 50 KW, o que abastece 20 famílias.
Iniciativas semelhantes estão em prática em países como Inglaterra, Japão, Austrália, Dinamarca, Índia e China. Mas a tecnologia aplicada no Brasil é 100% nacional. O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Submarina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O equipamento utiliza flutuadores que, movidos pela água, ativam uma bomba hidráulica que capta a água do mar e a encaminha para uma tubulação em circuito fechado, de onde é liberada com uma pressão equivalente a uma queda d’água de 500 metros de altura. A força do jato move a turbina acoplada a um gerador que produz a eletricidade.
A escolha do litoral do Ceará para implantação do projeto foi estratégica, explica Estefen, porque a região apresenta ventos constantes – o que mantém as ondas com dois ou três metros de altura quase o ano inteiro. “Estudos indicam que o litoral brasileiro tem potencial para suprir, pelo menos, 15% da demanda de energia elétrica do país” – afirma.
O projeto está orçado em R$ 3,5 milhões e é financiado com recursos do Finep, Ministério de Ciência e Tecnologia, Eletrobrás e Governo do Ceará. A viabilidade comercial será analisada durante um período de dois anos, em que o sistema será monitorado e avaliado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará.
Estefen acredita que a idéia tem tudo para dar certo. “Esta fonte alternativa e renovável será competitiva, com custo equivalente ao das hidrelétricas já construídas no Brasil e 30% menor do que o da energia eólica”.
O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, enfatiza que o Estado tem priorizado o uso de fontes alternativas na sua matriz energética e acredita que o projeto de geração de energia pelas ondas do mar só vem a somar aos investimentos feitos no setor. O Ceará é pioneiro no Brasil em energia eólica. Deve receber, até 2008, U$ 700 milhões de recursos do Proinfra para gerar cerca de 500 MW. Hoje, em três parques de energia eólica, são produzidos 17,4 MW de potência.
A força das ondas deixa de ser um privilégio dos surfistas e passa a ser a matéria-prima para a geração de energia elétrica de forma limpa e eficiente. A implantação de uma usina no litoral do Ceará mostra que esse é mais um potencial a ser explorado no Brasil. São 8,5 mil quilômetros de costa, onde se pode aproveitar, além de sol e vento, a energia proveniente do mar.
A praia de Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, foi o local escolhido por cientistas brasileiros para receber a primeira usina que utiliza as ondas do mar para a geração de energia elétrica no continente americano.
A previsão do coordenador do projeto, professor Segen Estefen, é de que até 2006 a usina tenha capacidade para gerar 500 KW de energia elétrica – o suficiente para abastecer 200 casas. Inicialmente, o programa vai funcionar em fase de teste e deve gerar cerca de 50 KW, o que abastece 20 famílias.
Iniciativas semelhantes estão em prática em países como Inglaterra, Japão, Austrália, Dinamarca, Índia e China. Mas a tecnologia aplicada no Brasil é 100% nacional. O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Submarina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O equipamento utiliza flutuadores que, movidos pela água, ativam uma bomba hidráulica que capta a água do mar e a encaminha para uma tubulação em circuito fechado, de onde é liberada com uma pressão equivalente a uma queda d’água de 500 metros de altura. A força do jato move a turbina acoplada a um gerador que produz a eletricidade.
A escolha do litoral do Ceará para implantação do projeto foi estratégica, explica Estefen, porque a região apresenta ventos constantes – o que mantém as ondas com dois ou três metros de altura quase o ano inteiro. “Estudos indicam que o litoral brasileiro tem potencial para suprir, pelo menos, 15% da demanda de energia elétrica do país” – afirma.
O projeto está orçado em R$ 3,5 milhões e é financiado com recursos do Finep, Ministério de Ciência e Tecnologia, Eletrobrás e Governo do Ceará. A viabilidade comercial será analisada durante um período de dois anos, em que o sistema será monitorado e avaliado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará.
Estefen acredita que a idéia tem tudo para dar certo. “Esta fonte alternativa e renovável será competitiva, com custo equivalente ao das hidrelétricas já construídas no Brasil e 30% menor do que o da energia eólica”.
O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, enfatiza que o Estado tem priorizado o uso de fontes alternativas na sua matriz energética e acredita que o projeto de geração de energia pelas ondas do mar só vem a somar aos investimentos feitos no setor. O Ceará é pioneiro no Brasil em energia eólica. Deve receber, até 2008, U$ 700 milhões de recursos do Proinfra para gerar cerca de 500 MW. Hoje, em três parques de energia eólica, são produzidos 17,4 MW de potência.