Pela Segunda vez este ano, a Refinaria Ipiranga decidiu interromper suas operações para evitar prejuízos com a defasagem de preços dos combustíveis. A companhia começou a reduzir o processamento de óleo desde o dia 20 e será totalmente desligada quando acabarem os estoques. A outra refinaria privada brasileira, Manguinhos, está parada pelo mesmo motivo desde o início do mês. Os controladores da empresa se reuniram ontem à tarde com a Petrobrás e não haviam chegado a um consenso até o início da noite. A estatal foi designada pelo Ministério de Minas e Energia para negociar uma saída com as refinarias. Entre as alternativas está o uso de infra-estrutura da Petrobrás para exportara produção das duas empresas. Mas a direção da Manguinhos alega que, mesmo exportando pela infra-estrutura da estatal, não há garantias de remuneração suficiente para voltar a operar Segundo cálculos da Ipiranga, o preço da gasolina e do diesel no Brasil está em US$ 40 por barril, enquanto o preço internacional chegou perto de US$ 68 esta semana. “A empresa vem trabalhando em alternativas que não precisem repassar os elevados valores do petróleo ao consumidor, mas que equilibrem a situação das refinarias brasileiras que, devido ao monopólio por 45 anos, não puderam crescer nem ser integradas ao petróleo”, informou, em nota, a Ipiranga. Diferentemente da estatal, que vem investindo na modernização do refino, as duas refinarias privadas têm equipamentos para processar óleo leve importado, cujos preços são maiores que o do pesado óleo nacional. A Petrobrás consegue manter sua margem de refino mesmo sem repasse da alta do petróleo para os preços dos principais derivados porque processa cada vez mais óleo nacional. Uma das alternativas em estudo prevê o uso da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o imposto federal sobre os combustíveis, para financiar investimentos das refinarias privadas.
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