Representantes da empresa têm audiência com a governadora Wilma de Faria, na próxima quarta-feira, para expor detalhes do projeto. De acordo com João Maia, na ocasião será informado o cronograma da obra, além do prazo de conclusão e início da operação comercial. “Mas devem começar o quanto antes porque é um contrato com a Petrobras, empresa que comprará a energia a ser produzida”, disse o secretário.
A usina de energia eólica será construída numa área de mil hectares e o plano estratégico dos investidores é executar o projeto em duas etapas – Alegria I e Alegria II. Na primeira etapa (Alegria I), a usina terá um potencial instalado de 64,5 MW. A concessão da licença por parte da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, faz parte do incentivo do Governo Federal ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (PROINFA).
A área onde o parque eólico será construído vem sendo pesquisada há pelo menos quatro anos, através de medições para aferir o potencial eólico. João Maia diz que hoje os investidores têm as condições mais favoráveis à realização da obra porque há garantia de compra da energia produzida. “É um dos maiores investimentos já vistos no Estado”, ressaltou.
O parque eólico financiado pelo fundo de investimento Jaba é o segundo grande investimento em energia alternativa anunciado este ano – o outro é da Enerbrasil (Energias Renováveis do Brasil Ltda), empresa controlada pelo Grupo Iberdrola e foi orçado pelos investidores em R$ 200 milhões, numa obra que começou em maio passado.
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O empreendimento está sendo construído no município de Rio do Fogo, no litoral Norte do Estado, e a empresa tem como meta iniciar a fase de operação no dia 1º de junho de 2006. O parque eólico previsto para Guamaré, município a 165 Km de Natal, terá uma capacidade nominal três vezes maior que o da unidade pertencente à Enerbrasil, em Rio do Fogo, cuja previsão é produzir 50 Megawatt.
O Rio Grande do Norte é um dos estados brasileiros que mais tem atraído investimentos em energia eólica – principalmente em função do potencial natural. Segundo projeção da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), o potencial dessas usinas e de outras que virão, somado ao da Termoaçu, permitirá a auto-suficiência do Estado até 2007.
A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica. Seu aproveitamento ocorre através da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de energia elétrica.
