Sindaçúcar diz que a colheita 2005/2006 ficará em 16 milhões de toneladas. Em sua primeira estimativa para a safra 2005/2006 a ser iniciada em setembro deste e concluída em março do ano vindouro, o setor sucroalcooleiro de Pernambuco adverte para uma redução no potencial de moagem de cana. Cerca de 19 milhões de toneladas de cana-de-açucar previstas para a safra, 16 milhões serão efetivamente esmagadas.
Se comparada com a safra 2004/2005, onde foram moídas quase 17 milhões de toneladas/cana, a redução é de cerca de 4%. A queda é considerada mais acentuada quando se levam em conta os investimentos que foram feitos pelo setor. “Esperávamos ter nessa safra um volume de 19 milhões de toneladas de cana, mas vamos ficar com muito esforço nos 16 milhões”, explicou Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar.
Além disso, segundo o dirigente, mesmo com as chuvas dos últimos meses, a cana ainda está muito curta, o que vai acarretar atraso do início da safra de agosto para setembro. “As irregularidades climáticas do Nordeste com extremos -verão de altas temperaturas e invernos com precipitações elevadas- fizeram com que ainda não atingíssemos as 19 milhões de toneladas projetadas para esta safra”, disse Renato Cunha.
O setor vem oscilando menos na quantidade de cana esmagada, tendo saído de uma safra de 14,3 milhões de toneladas, em 2001/2002, para 16,6 milhões na safra 2004/2005. “Estamos tentando, a partir do advento do Prorenor, em 2000, e de investimentos privados, melhorar paulatinamente a armazenagem e distri-buição da água nos canaviais. Infra-estrutura não se refaz da noite para o dia. Nossa tecnologia vem avançando, mas para termos resultados estruturais necessitamos de um programa de políticas agrícolas com começo, meio e fim, que envolva não só recursos próprios, mas também investimentos federais.