Maior produtor e consumidor de álcool combustível no mundo, o Brasil é referência global com o programa de substituição de combustíveis fósseis no mercado automotivo, de acordo com o Ministério das Minas e Energias (MME). Estima-se que aproximadamente 15% da frota automotiva brasileira é movida a álcool combustível. Em 2004, foram vendidos 379,328 mil veículos a álcool. Desses, 328,3 mil são na versão flex fuel, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com preços mais competitivos em relação à gasolina, devido especialmente à menor incidência de tributos na formação dos custos, o álcool aparece como uma opção vantajosa de combustível no momento da aquisição de um veículo. A importância do derivado de cana-de-açúcar aumenta com a chegada da geração de automóveis com motores bicombustíveis, o que permite ao motorista escolher o produto mais barato na hora de abastecer seu veículo.
“O carro movido apenas com álcool hidratado está com os dias contados”, afirma o técnico da Conab, Paulo Morceli. A perspectiva é de até 2010 a frota da categoria reduzir-se significativamente para dar lugar ao flex fuel, cuja versão agride menos o meio ambiente. “Dentro de dez anos o mundo inteiro estará trabalhando com etanol”, indica Morceli.