A produção industrial brasileira cresceu 8,3% no ano passado. O desempenho da indústria, no entanto, não foi uniforme. Amazonas, Ceará e São Paulo lideraram o movimento de expansão da atividade industrial.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desempenho destes Estados está associado ao dinamismo das exportações, à produção de bens duráveis e de bens de capital e ao agronegócio.
No ano passado, o melhor resultado da indústria desde 1986 foi obtido com base na expansão dos chamados bens de consumo duráveis, como geladeiras e fogões, e bens de capital, como máquinas e equipamentos. Neste ano, o instituto identifica uma mudança no perfil de crescimento da produção, com a liderança dos bens de consumo não duráveis, como roupas e alimentos, mais relacionados à massa salarial do que às condições de crédito.
A indústria do Amazonas cresceu 13%, a do Ceará, 11,9% e a de São Paulo, 11,8%.
São Paulo
São Paulo obteve a melhor marca da série histórica desde 1992, com a taxa de crescimento de 11,8%. As maiores influências vieram de veículos automotores (29,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (45%) e máquinas e equipamentos (21%). O destaque negativo ficou com edição e impressão, que teve queda de 3,1%.
O resultado do Amazonas foi proporcionado pela expansão de 10 dos 11 segmentos pesquisados pelo IBGE. As principais influências positivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,6%), borracha e plástico (42,6%) e edição e impressão (50%).
No Ceará, nove atividades tiveram desempenho positivo, com destaque para alimentos e bebidas (11,1%), têxtil (12,9%) e calçados e artigos de couro (16,5%). A única exceção ficou por conta de produtos de metal, que teve queda de 9,7% na produção.
Na avaliação do IBGE, o desempenho da indústria em 2004 foi motivado pela alta das exportações e pelo aumento do crédito.