Quase 100% das usinas de açúcar e álcool do Centro-Sul do Brasil, responsável pelo processamento de 85% da cana-de-açúcar de todo país, encerraram o processamento da matéria-prima da safra 2003/04. Até o fim da semana passada, a estimativa era de que 98% das usinas já tinham desligado as máquinas, de acordo com a Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo).
Os dados oficiais da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica) são do dia 1º de novembro. Até então, cerca de 95% das empresas tinham parado a moagem. A expectativa é de que colheita de cana totalize 291,4 milhões de toneladas, um volume 8% maior que o registrado em 2002/03.
No Paraná, dez das 17 usinas de açúcar e álcool do Estado também encerraram a produção. A oferta no Estado somará 27 milhões de toneladas, 13% acima dos volumes processados na temporada anterior, de 23,8 milhões de toneladas de cana, segundo dados da Associação das Indústriais de Açúcar e Álcool do Estado do Paraná (Alcopar).
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Nesta safra, a 2003/04, a colheita no Centro-Sul do país começou com 30 dias de antecedência, a partir da primeira quinzena de abril. Os empresários do setor fecharam um acordo com o governo federal para evitar o desabastecimento de álcool.
De acordo com Osvaldo Alonso, gerente da divisão técnica da Canaoeste, uma pequena parte dos plantadores de cana do oeste paulista ainda está fornecendo matéria-prima para indústrias com processamento programado até dezembro. “Mas são poucos volumes”, afirma Alonso.
Nas últimas semanas, os canaviais do Estado de São Paulo estão sendo beneficiados pelas chuvas. O clima entre outubro e fevereiro definirá o desenvolvimento da próxima safra de cana A expectativa é de que a colheita seja maior, em razão da renovação das lavouras e dos tratos culturais. Cerca de 15% de toda a lavoura de cana do Estado deverá ser renovada para a próxima safra, a 2004/05. (MS)
