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Produtividade da cana foi maior em 2003

O clima ajudou e a safra de cana do Paraná vai garantir boa produção de açúcar e álcool ao Estado. As lavouras colhidas totalizam 83%. Em 2003, foram plantados 370.236 hectares de cana, com crescimento de 7% em relação ao ano anterior. A produção estimada é de quase 30 milhões de toneladas, informou Disonei Zampieri, gerente do setor sucroalcoleiro do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab).

O rendimento industrial médio da cana foi de 15%. ‘Isso significa que vai ser possível produzir mais açúcar e álcool em cada tonelada de matéria-prima’, explicou. Segundo o técnico, 25,5 milhões de toneladas já foram esmagadas pelas usinas.

A estimativa é que a produção paranaense chegue a 1,1 bilhão de litros de álcool, o que indica crescimento de 11,3% em relação a 2002. O Estado vai produzir 1,64 milhão de toneladas de açúcar, com aumento de 13,1% sobre o ano passado.

José Adriano da Silva, superintendente da Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool (Alcopar) do Paraná, informou que sete empresas do Estado já terminaram a colheita e o processamento da cana. Outras sete acabam até o final do mês e 12 usinas continuam o processo industrial até dezembro ou janeiro.

Enquanto o álcool é quase todo consumido no mercado interno, a maior parte do açúcar paranaense é vendido para outros países. Até setembro, o Paraná havia exportado 777,8 mil toneladas da commodity. ‘Deve chegar a 1,2 milhão de toneladas’, adiantou Zampieri.

O preço médio de exportação é de US$ 157,56 por tonelada, com aumento de 9,2% sobre o valor médio praticado no ano passado. No mercado interno, a cotação do açúcar também sofreu pouca variação. No início da safra, em junho, a saca valia R$ 23,00. No final de outubro, o preço baixou para R$ 20,00. O álcool anidro, comercializado por R$ 0,60 por litro em junho, subiu para R$ 0,62 em outubro. O hidratado manteve o preço de R$ 0,52.

A produção brasileira de açúcar está estimada em 24 milhões de toneladas, com crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 14 milhões de toneladas devem ser exportadas. Até setembro, 40% dessa demanda já havia sido atendida.

Com relação ao álcool, a estimativa é que o País atinja três bilhões de litros. A expansão é de 9,6%. Os Estados Unidos vão produzir 36% mais álcool em 2003. Na China, o crescimento será de 8%. A produção mundial, neste ano, será de 38 bilhões de litros.