Mercado

Associação incentivará projetos de cogeração em São Paulo

O estado de São Paulo é o primeiro do Brasil a ter uma associação focada nos negócios de cogeração. A entidade, que começa suas atividades em outubro, pretende fomentar a expansão da atividade. “Nossa prioridade é incentivar a cogeração para consumo próprio, focado nos pequenos e médios empreendimentos”, afirma o vice-presidente da Associação Paulista de Cogeração de Energia – Cogen/SP, Carlos Roberto Silvestrin.

Segundo ele, o trabalho da Cogen/SP estará focado na cogeração a partir da biomassa da cana-de-açúcar e do gás natural, já que São Paulo tem oferta significativa desses combustíveis. Atualmente, a capacidade instalada no estado de São Paulo está em 100 MW, na área de gás natural, e 400 MW na biomassa da cana.

“Com a descoberta da reserva gigante de Santos, esse mercado é potencializado”, diz. Dados da Cogen/SP estima uma capacidade de 10 GW no estado em 12 anos, sendo que 20% pode ser atingido até 2010. O executivo afirma que a cogeração em shopping center e hotéis já é financeiramente atraente.

Ele explica que a intenção é incentivar a criação de associações nos outros estados brasileiros. A proposta segue o modelo europeu, que conta com uma rede de associações nos países. “Como o Brasil é muito grande, optamos por dividir entre os estados. Cada associação identificará os combustíveis regionais adequados”, diz. Ele informa que já recebeu contatos de interessados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia.

A Cogen/SP tem onze instituições associadas, ADTP, Comgás, Dalkia, EnergyWorks, Gás Brasiliano, Gás Natural SPS, Iqara, Siemens, Ultratec, Tractebel Energia e Única. O vice-presidente informa que a Eletropaulo, CPFL e Petrobras Distribuidoras já manifestaram interesse em participar da entidade.

Para incentivar a implantação de projetos, a Cogen/SP desenvolve sete linhas de ações, trabalhando áreas como regulamentação, meio ambiental e financiamento. Silvestrin destaca que a cogeração não tem o impacto ambiental dos grandes projetos hidrelétricos e não gera custos com implantação de linhas de transmissão.

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