Mercado

Cana deve movimentar R$ 2 bi no PR em 2003

A produção de cana na safra 2002-2003 no Paraná aumentou 8% e deve movimentar R$ 2 bilhões. Segundo a Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar) serão 26 milhões de toneladas de cana, o que representa 1,1 bilhões de litros de álcool e 1,5 milhões de toneladas de açúcar. As estimativas são baseados nos dados parciais de 43% da colheita, que termina em dezembro.

As regiões noroeste e norte velho são responsáveis pela maior parte da produção estadual. Em todo o Paraná são 27 unidades dae produtoras de álcool e açúcar e a perspectiva, segundo o presidente da Alcopar, Anísio Tormena, é de crescimento nas próximas safras. O aumento da produção se deve, principalmente, ao aumento da área plantada e eficiência das unidades em extrair o máximo da matéria prima. “O potencial do Paraná de áreas aptas a receber a cultura de cana é enorme”, disse. Hoje existem 339 mil hectares plantados no estado e um potencial de 2,5 milhões he que podem ser ocupados pela cultura.

Para Tormena o crescimento se justifica pelo retorno financeiro da cultura da cana. Embora apresente problemas inerentes às produções agrícolas, como insumos caros, custo de mão de obra e culturas sujeitas a doenças e alterações climáticas, a cana se tornou um bom investimento. Nesta época do ano, por exemplo, os riscos de perdas causada por geadas são mínimos e é possível esperar mais tempo para colher do que outras culturas, como é o caso da soja e do milho.

Mercado

A grande preocupação dos produtores hoje é procurar novos mercados, embora seja um ambiente bastante promissor. “O mundo está carente de energia renovável”, acredita Tormena. Parte do açúcar brasileiro é consumido no mercado interno, mas cerca de 1,1 milhões de toneladas produzidas no Paraná são exportadas. Os principais mercados são a União Européia, Extremo Oriente e Estados Unidos.

A situação do álcool é inversa. Apenas 65 milhões de litros do Paraná são exportados, principalmente para a Europa. O grande desafio é abrir novos mercados externos, principalmente no Oriente, em especial Japão, China e Índia. “O álcool e o açúcar a partir da cana é o mais barato do mercado, não tem concorrência. Oferecemos o menor preço com qualidade. O mercado está consolidado. O açúcar tem um crescimento muito grande, mas o futuro do álcool é muito mais promissor”, avaliou. Para melhorar as exportações o setor se reuniu ontem com o governo federal para procurar soluções para problemas de infra-estrutura.

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