Mercado

Colheita da cana-de-açúcar em SP se aproxima dos 45%

A Agência SAFRAS realizou levantamento nesta semana da colheita de cana-de-açúcar em algumas regiões produtores do Centro-Sul do país. Em São Paulo, principal estado produtor do país, o corte permeia os 45%, segundo a avaliação do gerente do Departamento Técnico da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (CANAOESTE), Oswaldo Alonso. O agrônomo relata à Agência SAFRAS, que a pouca chuva acumulada no mês, de apenas 25 mm, no caso de Ribeirão Preto, está cooperando para o progresso das atividades. “O volume vai de encontro com a média histórica para a região, indicada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em 20 mm”, explica ele.

Apesar disso, Alonso afirma que o rendimento da cana, até o final do mês passado, vinha acusando números mais baixos. Via mix de produção, o Açúcar Total Recuperável (A.T.R) na cana fechou o mês com 135 Kg por tonelada colhida. O rendimento é inferior aos excelentes resultados obtidos no ano passado, quando se chegou a 149,9 kg/t. “Mas temos que considerar que ainda são números regulares, dentro da média calculada”, salienta. Neste mês, por causa do clima favorável, o setor deve recuperar parte do rendimento perdido em junho.

Alonso está de acordo com as últimas estimativas da UNICA e espera uma produção para 2003 de 200 a 204 milhões de toneladas de cana no Estado, correspondendo a uma elevação de 5% sobre as 191,7 milhões de toneladas de 2002/03. Para o açúcar, há uma possibilidade, na opinião dele, dos paulistas chegarem próximos a 30 milhões de toneladas, o que em A.T.R equivale a 144,5 kg/t. No ano passado, o estado totalizou 149,9 kg/t.

A tonelada da cana é cotada em São Paulo a R$ 30,00/32,00 – cálculo CONSECANA. O valor é bastante superior as R$ 23,00/24,00 de igual período do ano anterior. Além disso, para ele, não há fundamento para os fornecedores se desesperarem quanto à sinalização do mercado futuro de que cotações mais baixas. Explica que, se os preços caírem mesmo, os recuos se darão dentro dos níveis trabalhados em 2002.

Em São Paulo, apenas as empresas capitalizadas estão retendo o açúcar como forma de estimular os preços do açúcar para o território positivo. “O pessoal que tem dinheiro em caixa vende apenas o necessário para atender a demanda”, explica.

As usinas de Minas Gerais moeram um total de 6.835.804 toneladas (37,88%) de cana-de-açúcar das 18,045 milhões de toneladas estimadas para temporada 2003/04, segundo dados levantados até dia 15 deste mês pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Minas Gerais (SIAMIG/SINDAÇÚCAR). O volume alcançado até então revela um crescimento de 20,47% sobre as 5.674.458 toneladas esmagadas até o mesmo período do ano passado. Neste ano, o Sindicato acredita que a safra total de cana de Minas será 16,06% acima das 15,549 milhões de toneladas de 2002/03.

Da cana processada, 4.240.036 toneladas foram direcionadas à produção de açúcar, resultando em 429.381 toneladas e representando um crescimento de 4,77% em relação às 409.816 toneladas obtidas até a mesma época de 2002. Para suprir a demanda interna, as usinas destinaram 119.742 toneladas do volume produzido até agora, escoando 196.803 toneladas ao mercado internacional. Os estoques das usinas mineiras somam 116.387 toneladas. Os números do SIAMIG/SINDAÇÚCAR prevêem que o estado feche a temporada atual com 1.240.387 toneladas produzidas, recebendo um incremento de 13,46% sobre o ano de 2002, quando foram produzidas 1.093.233 toneladas.

Até a primeira quinzena deste mês, as usinas mineiras processaram 2.595.768 toneladas de cana para adquirir 257,369 milhões de litros de álcool (134,733 milhões de anidro e 122,636 milhões de hidratado), 24,44% superior aos 206,830 milhões de litros de 2002/03. A indicação é de sejam produzidas neste ano 776,049 milhões de litros de álcool. O volume seria 22,53% acima dos 633,350 milhões de litros de 2002/03.

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