Mercado

Cogeração de energia aumenta renda das usinas em até 25%

Além de contribuir como fonte geradora de energia alternativa para o País, o bagaço de cana poderá ampliar a receita das usinas sucroalcooleiras entre 20% e 25%. A avaliação é do diretor da União da Agroindustria Canavieira de São Paulo (Unica), Onório Kitayama.

Na última safra, a região Centro/Sul produziu cerca de 130 megawatts. Para as próximas colheitas de cana (2003/04 e 2004/05), Kitayama estima um crescimento de aproximadamente 200%, com uma produção de 350 a 450 megawatts por safra.

A cotação de um kilowatt cogerado via bagaço de cana-de-açúcar atinge, em média, R$ 4. Um megawatt possui mil kilowatts.

Segundo ele, as usinas que já estão cogerando energia, também se preparam para um segundo projeto, que inclui, além da queima do bagaço, a utilização da palha da cana-de-açúcar na geração de energia.

“Inicialmente, os custos de produção inviabilizavam o projeto, porém, as usinas já cortaram esses gastos pela metade.”Até o momento, a palha de cana já rendeu às usinas 24 megawatts, com estimativa de chegar a 30 megawatts este ano.

Na avaliação de Katayama, as usinas serão, a médio prazo, as principais geradoras de fontes de energia alternativa. Além de contribuir com o País em períodos de escassez de chuva – evitando o risco de apagão – a comercialização da energia produzida na usina com bagaço de cana.

“Quando todo o bagaço resultante da safra estiver sendo utilizado, o setor sucroalcooleiro será responsável por até 10% da energia utilizada no País.”

Embora seja um mercado promissor, Kitayama, pondera que atualmente apenas 10% das usinas brasileiras, 30 unidades, produzem energia para consumo próprio. “Trata-se de um negócio novo. Algumas já começaram a ampliar a produção e estão comercializando o excedente.”

Banner Evento Mobile