Realizou-se em Belo Horizonte (MG), o primeiro Congresso Internacional de Uso de Biomassa Plantada para Produção de Metais e Geração de Eletricidade, com a participação de 22 países. Foram apresentados trabalhos significativos de autores nacionais e estrangeiros, mostrando o potencial e a importância da biomassa cultivada como fonte de energia. Embora dispondo de elevada taxa de insolação e de grandes áreas para o cultivo da biomassa como fonte energética, o Brasil concentra todas as atenções no uso de combustíveis fósseis. Em primeiro lugar, é preciso ter sempre em mente a finitude dos combustíveis fósseis. Em segundo, é preciso considerar a agressão ao meio ambiente causada pelo seu uso. A utilização da biomassa cultivada para fins energéticos no Brasil apresenta várias vantagens, destacando-se a geração de empregos, a economia de divisas e o custo. Vários temas importantes para o Brasil foram abordados durante o Congresso. Destaque-se o cultivo do capim elefante para fins energéticos. Essa gramínea proporciona elevada produção de biomassa por causa do rápido crescimento, pois permite o corte 90 dias após a semeadura. Para destacar a importância do capim elefante como fonte de energia, basta mencionar que a Inglaterra o selecionou como a biomassa ideal para essa finalidade e instalou uma central termoelétrica, com capacidade de 36 MW que o utiliza como combustível. O uso do capim elefante carbonizado, em substituição ao óleo combustível ou ao gás natural em centrais termoelétricas ou em caldeiras e fornos industriais, associado ao programa do álcool motor, poderá evitar a importação de petróleo pelo Brasil. Mas entre pagar combustíveis fósseis em dólares e cultivar a biomassa geradora de empregos em áreas carentes, parece que a cultura brasileira prefere a primeira opção. (Gazeta Mercantil)
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