Um fórum on-line organizado pela The Economist Conferences, mostrará hoje (18/11) como alcançar metas energéticas globais de longo prazo. O fórum abordará tanto a questão tecnológica como políticas em torno do tema, buscando um horizonte de longo prazo. Para o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, é um tipo de evento que precisa ocorrer com mais frequência para que alternativas energéticas eficientes e já disponíveis sejam melhores difundidas e compreendidas mundialmente.
Jank é um dos participantes da “Global Energy Conversation-Part II” (Conversas sobre Energia Global, segunda parte), que reunirá simultaneamente especialistas do assunto participando ao vivo a partir de Londres, Washington e São Paulo. A adesão é gratuita e permite que se envie comentários e perguntas aos palestrantes.
“Discussões sobre o futuro da energia muitas vezes se concentram em possibilidades que parecem ideais e atraentes, mas não estarão disponíveis por muitos anos. Enquanto isso, alternativas concretas e existentes, soluções renováveis reconhecidas e comprovadas que de fato reduzem as emissões dos gases de efeito estufa e os custos com a energia, não recebem a devida atenção,” afirma Jank, que vai participar do diálogo em um estúdio montado pela Economist no Hotel Intercontinental de São Paulo.
Para Jank, a falta de informação faz com que opções disponíveis e eficientes – caso do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, utilizado há décadas no Brasil – enfrentem críticas descontextualizadas e questionamentos já esclarecidos repetidas vezes. “O etanol brasileiro é reconhecido em vários estudos internacionais por ser um combustível limpo e renovável, capaz de reduzir em até 90% as emissões de gases que causam o efeito estufa quando comparado à gasolina. Mesmo assim ele é pouco comercializado no mundo devido a elevadas tarifas e barreiras comerciais impostas ao produto, enquanto o petróleo e seus derivados transitam livremente, sem obstáculos” acrescenta, frisando que o etanol é uma solução viável para mais de 100 países no mundo que já cultivam a cana-de-açúcar.
O presidente da UNICA espera que além do uso do etanol de cana como alternativa energética global, os participantes também examinem pontos como o uso da bioeletricidade produzida nas usinas brasileiras a partir da queima do bagaço da cana. Esta opção permite que todas as unidades que processam cana no Brasil sejam auto-suficientes em termos de energia elétrica, enquanto várias delas já comercializam o excedente para a rede nacional de distribuição.
O evento será moderado a partir de Londres pelo diretor editorial e economista-chefe da Economist Intelligence Unit (EIU), Robin Bew. O “Global Energy Conversation” será transmitido via Internet às 12h30, horário de Brasília (9:30 horário de Washington, 14:30 horário de Londres).
Para registro e participação, gratuita, acesse o seguinte endereço eletrônico: http://www.economistconferences.co.uk/global-energy-conversation2/home