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Cia registra lucro bruto de R$ 40,5 mi no trimestre, contra R$ 158,5 mi em 2010

No segundo trimestre de 2011/2012, a Guarani, por meio de suas oito unidades, registrou lucro bruto de R$ 40,5 milhões, comparado a R$ 158,5 milhões no mesmo período na safra anterior, com margens de 8,1% e 25,9%, respectivamente.

Segundo a empresa, a forte queda na produção ocasionou a redução no volume de vendas (-31,3%, medido em toneladas de ATR vendido) e consequentemente na receita líquida (-R$111,1 milhões); e maior CPV em base unitária (+47,8%), que foi o principal motivo para a redução do lucro bruto. Em termos absolutos, o CPV permaneceu relativamente estável (aumento de R$6,9 milhões ou 1,5%), refletindo: altos custos

com cana-de-açúcar de terceiros (+R$16,9 milhões, devido principalmente ao efeito de preços); custos com cana própria (+R$22,4 milhões, devido principalmente ao aumento em depreciação e amortização); e custos de produção (+R$5,5 milhões, devido à amortização de manutenção); e redução em outros custos (-R$18,6 milhões, refletindo principalmente a redução na prestação de serviços; e -R$19,3 milhões referente ao ajuste a valor justo dos ativos biológicos).

O EBITDA totalizou R$ 115,2 milhões no 2T 11/12, 17,3% menores em relação aos R$ 139,4 milhões no mesmo período no ano anterior. No entanto, vale notar que, em termos absolutos, o EBITDA da Guarani em base unitária (R$/ton de ATR) aumentou 20,4% em base anual. O EBITDA Ajustado no segundo trimestre foi de R$ 109,3 milhões, comparados a R$ 188,5 milhões no mesmo período de 2010/11.

A variação entre o EBITDA e o EBITDA Ajustado no segundo trimestre de 2011/12 é explicada pelo impacto positivo do ajuste a valor justo dos ativos biológicos no montante de R$2,1 milhões; pelo impacto positivo dos instrumentos financeiros de R$8,0 milhões.

Investimentos

A empresa investiu mais este ano do que no ano passado, já que os investimentos totalizaram R$ 95,5 milhões no segundo trimestre de 2011/12, contra os R$ 40 milhões no 2T 10/11, e R$ 234,1 milhões no 1S 2011/12, um crescimento de 103,5% contra o mesmo período no ano anterior.

No trimestre, a Guarani investiu R$ 22,7 milhões para plantações,

devido ao aumento na área cultivada e à renovação dos canaviais da Companhia; R$52,4 milhões na expansão da capacidade industrial, principalmente nas plantas de São José, Tanabi, Cruz Alta e

Mandu (dos quais R$ 40 milhões eram relacionados à expansão e R$ 12,4 milhões às atividades de cogeração de energia) e R$ 20,4 milhões em outros ativos imobilizados, incluindo investimentos correntes em expansão de capacidade de estocagem de etanol, logística, indústria e equipamentos agrícolas.

O plano de investimentos da Guarani no valor de R$ 787 milhões permanece sendo implementado. Do total de investimentos aprovado para o plano de expansão, R$ 118,2 milhões, ou 15,0%, já foram investidos.