Ao longo do ano diversas unidades do setor sucroenergético estão aderindo as certificações verdes para garantia de mercado futuro para exportações de etanol tanto para os Estados Unidos quanto para Europa. No início da safra, o Grupo Zilor anunciou que suas três unidades (Barra Grande, São José e Quatá) haviam conquistado a certificação da Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA – Environmental Protection Agency) para exportar etanol aos Estados Unidos. Segundo a Unica, no começo de outubro, 107 usinas do Centro-Sul, como unidades da Adecoagro Cosan, da Cargill, da Bunge, a usina Boa Vista, entre outras haviam conquistado a certificação norte-americana.
O etanol de cana do Brasil foi reconhecido pelo EPA como biocombustível avançado por emitir 50% menos gases de efeito estufa do que a gasolina. Essa iniciativa integra o Renewable Fuel Program, criado em 2005 pelo governo dos EUA, que pretende alcançar a marca de 36 bilhões de galões de combustível renovável até o ano de 2022, além de destinar uma quantidade mínima de desse combustível para utilização no setor de transportes.
Em julho sete sistemas de certificação voluntária usados para garantir que os biocombustíveis sejam ambientalmente sustentáveis e ecologicamente corretos foram aprovados pela União Europeia. Com o produto a UE pretende reduzir em 20% as emissões de carbono até 2020. Os sistemas reconhecidos pela UE são ISCC, Bonsucro EU, RTRS EU RED, RSB EU RED, 2BSvs, RSBA e Greenergy, que conseguiu aprovação para vender etanol brasileiro aos 27 países do bloco.
As certificações serão fornecidas apenas a biocombustíveis que emitem, no mínimo, 35% menos gases estufa do que os combustíveis fósseis, da produção à utilização. O percentual vai aumentar para 50% em 2017 e para 60% em 2018.
Para Kevin Ogorzalek, presidente da Bonsucro, o etanol de cana é um combustível limpo e renovável que reduz as emissões de gases nocivos em mais de 70%. “A certificação ainda irá ajudar a UE a cumprir o seu objetivo para 2020 de reduzir a produção de carbono no setor dos transportes, melhorando a segurança energética”, afirma.