Com o objetivo de implantar a mecanização da colheita de cana em 2013, a Miriri Alimentos e Bioenergia, da Paraíba, projeta investimentos de aproximadamente R$ 10 milhões na mecanização do corte de cana em até 75% de sua área total de 9 mil ha. Unindo o útil ao agradável, o agrônomo, Felipe de Morais, responsável pela implementação do corte mecanizado na empresa, aproveitou sua estadia de 18 meses na Austrália para conhecer a técnica e percorrer os canaviais do país.
Durante quatro meses ele visitou fazendas e plantações e percebeu algumas diferenças entre os dois países, principalmente nos cuidados com a sistematização do solo. “Eles respeitam as etapas de sistematização do solo para implementação da colheita mecanizada. Já no Brasil o setor está comprando as máquinas sem preparar o campo para recebê-las, então ocorre baixa eficiência”.
De dois a três anos, Morais espera ter área sistematizada para receber as máquinas. Morais afirma que ao obter 3,5 mil ha de cana implantados da maneira correta a empresa pretende comprar duas máquinas. Mas para atender todo volume de cana, a unidade deve adquirir de cinco a seis colhedoras. “Queremos treinar o pessoal pois o grande problema enfrentado pelo Nordeste é com a manutenção da máquina pois não há pessoas qualificadas para exercer a função aqui”, reforça Morais.