Obter maior eficiência, com redução de custos e perdas durante a operação de moagem. É isto que promete o sistema DMHA de automatização do controle da flutuação da moenda desenvolvido pela Dínamo Automação e que foi apresentado ao público durante o Simtec 2011. Através de um software especialmente desenvolvido e a instalação de sensores e dispositivos hidráulicos junto ao equipamento de moagem, seus desenvolvedores garantem um ganho médio de 0,30%, em relação à moagem manual. Um número que pode até parecer pequeno, mas que no final da safra pode significar um ganho financeiro razoável no custo das usinas.
Paulo Dínamo, executivo da empresa que desenvolveu o sistema automático, compara a performance da operação de moagem manual a um automóvel com os pneus descalibrados. “Rodando com um carro nestas condições, você vai ter maior consumo de combustível, mais custo de manutenção, menos segurança e perda de potência”, afirma. “Uma moagem descalibrada apresenta os mesmos problemas”, sentencia.
O executivo fez uma explanação ao público, demonstrando a performance do primeiro sistema implantado num equipamento de uma unidade da Louis Dreyfuss Commodities, na cidade mineira de Lagoa da Prata. A instalação do sistema hidráulico controlado por um software vai corrigindo automaticamente o ângulo nas extremidades da moenda, garantindo o nivelamento constante do equipamento, bem como as pressões a que é submetido, evitando superaquecimento do mancal. Além disto, o sistema oferece dados confiáveis e individuais para o monitoramento e controle das pressões nos cabeçotes, tudo mostrado numa tela, o que significa maior facilidade para o operador. Na comparação em relação ao sistema manual, a Louis Dreyfuss constatou um ganho de aproximadamente 0,5% na extração, somado a outros procedimentos. “Em termos financeiros, isto significou uma economia da ordem de R$ 500 mil”, avalia Paulo Leite.
A empresa já tem equipamentos instalados em 55 usinas no Brasil, mas vê um mercado de potencial expansão, pois o País possui 420 usinas em atividade e o número tende a crescer. “Já temos automatização no plantio, na colheita… agora é vez da moagem”, afirma, demonstrando o que ele vê como um caminho natural no ciclo de produção das usinas.