Com grande decepção que o produtor de cana nordestino assiste o anúncio das últimas medidas governamentais para o setor sucroenergético. Para o presidente da Unida, Alexandre Andrade, o governo poderia adotar outras medidas para estimular o setor nacional de etanol neste período, evitando assim prejudicar toda a cadeia produtiva da cana nordestina que inicia a safra no período da redução da mistura do anidro na gasolina. Entre elas, o investimento na estocagem do produto, estimulo ao aumento da produção de cana no país, apoio aos produtores da matéria-prima do etanol, através de subvenções específicas, dentre outras. “Mas infelizmente, a melhor saída encontrada pelo Governo Federal foi esta”, desabafa.
O dirigente da Unida acrescenta que o governo nega aplicar uma intervenção no setor. “Esta medida estimula o desinteresse pela produção de etanol, porque gera uma insegurança nos investidores da cana”, conta.
Associado a esta ação, Andrade também questiona o subsídio que está sendo dado à gasolina. “Investe-se em um tipo de combustível (gasolina), importando até etanol de outro país para adicionar na composição do produto, na tentativa de frear o preço da gasolina, mas o etanol, ecologicamente correto, fica em segundo plano”, diz.