“É necessário revolucionar o sistema logístico brasileiro para transporte de cargas líquidas, especificamente de etanol.” Essa é a opinião de José Carlos Grubisich, presidente da ETH. Grandes produtores do país concordam com ele. Eles têm apostado nas novas fronteiras agrícolas, levando a produção para mais longe dos centros de consumo. No caso das exportações, a produção se distancia ainda mais dos portos, o que leva a um inevitável aumento nos custos. Por esses motivos a questão da logística no país vem sendo tratada com extrema atenção.
Um etanolduto, que vai ligar as regiões produtoras ao litoral brasileiro, começou a ser construído no ano passado. Os investimentos foram da ordem de 5 bilhões de reais. “Grandes volumes de investimentos foram feitos no etanolduto, que deve revolucionar a questão de custos do Brasil, reduzindo cerca de 20%. É um movimento lento, mas está acontecendo’, destacou Marcos Lutz , presidente da Cosan.
Bruno Melcher, presidente da LDC –SEV contou que há dez anos os custos de transporte de açúcar de Ribeirão Preto até Santos eram de US$ 20,00 por tonelada do produto. Hoje, estão em US$ 50,00 por tonelada. “Isso representa 5% do preço do açúcar, o que parece pouco aos olhos do cidadão comum, mas que representa um prejuízo ao Brasil, pois prejudica a competitividade do produto brasileiro em relação a outros países no exterior,” apontou.
Jacyr Costa Filho, presidente da Guarani, demonstrou otimismo em relação à logística do setor. “Faltam muitos investimento em ferrovias, hidrovias e outras modalidades de transportes que não sejam apenas a rodoviária, mas tenho visto que as empresas estão se organizando para resolver estes problemas,” avaliou.
Matéria publicada na Revista Bio&Sugar – Edição 7. Mais informações no site: www.bio-sugarmagazine.com