Mercado

Entrada de multinacionais no setor divide opiniões

Muitos empresários acreditam que a recente onda de fusões e aquisições no setor sucroenergético levará a um avanço da gestão profissionalizada e que a entrada da Petrobras também trará impactos positivos principalmente por garantir maior equilíbrio entre a atuação nacional e a de grupos estrangeiros no setor. Porém há quem vê o assunto com reservas.

Segundo um estudo realizado pela Unica, até 2015, 40% da produção brasileira de etanol estará nas mãos de grupos estrangeiros. De acordo com a Unica, após a crise internacional, cerca de 20% das usinas brasileiras mudaram de mãos e a liderança desse movimento está sendo conduzida por grandes multinacionais petroleiras.

A BP foi a primeira empresa do ramo a entrar no segmento canavieiro. Em março a empresa anunciou a compra de 83% da CNAA – Companhia Nacional de Açúcar e Álcool mas já possui, desde 2008, 50% da Usina Tropical BioEnergia, de Goiás.

Mario Lindenhayn, presidente da BP Biocombustíveis Brasil, diz que a cana-de-açúcar é a matéria-prima mais eficiente disponível atualmente. “A aquisição do controle majoritário da CNAA é fundamental para nossa estratégia de negócios no Brasil. Tanto a CNAA quanto a Tropical são plataformas de crescimento para nós que queremos ser uma das empresas líderes no mercado mundial de biocombustíveis até 2020”, frisa.

Em abril, a Cosan anunciou a conclusão das negociações para formar uma joint venture com a Shell.

A matéria completa será publicada no Anuário da Cana 2011.