O crescimento de 20% na apreensão de agrotóxicos ilegais no país, no mês de abril, comprova a criatividade da fraude. Segundo uma fonte do setor sucroenergético da região de Piracicaba, muitos produtores de cana foram enganados nas últimas safras com a compra de produtos falsificados. “Sei de casos de produtos que continham chocolate em pó, talco, farinha para imitar o inseticida-cupinicida verdadeiro de cor marrom. Depois dessas fraudes o fabricante elaborou um lacre de segurança para o produto”, diz o engenheiro agrônomo.
Outros casos chegam a destruir o canavial. “Há casos em que o produtor usa o herbicida errado e a cana acaba morrendo. Mas é evidente a fraude quando se compara os preços dos produtos falsos que chegam a custar 50% menos. Cuidado com o lacre falsificado e com os preços muito baixos porque essa prática resulta em grandes prejuízos”, afirma.
No acumulado da campanha nacional contra agrotóxicos ilegais, que teve início no ano de 2001, os dados são os seguintes: cerca de 400 toneladas apreendidas; 700 suspeitos detidos e 310 toneladas incineradas. Apreensões representativas de produtos falsificados e contrabandeados foram registradas recentemente nas cidades paranaenses de Cascavel, Astorga e Guaíra, na baiana Luís Eduardo Magalhães, na goiana Cristalina e em Rondonópolis (MT). Disque-Denúncia 0800 940 7030.