O novo Código Florestal ainda não saiu do papel. A previsão de diversos especialistas que apostaram que o texto não seria votado nesta quarta-feira, se cumpriu, já que a votação foi adiada para a próxima terça-feira (10). O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), após a reunião dos líderes partidários. “Os líderes da base do governo e os ministros envolvidos no debate devem fechar as negociações na próxima semana”.
Ele diz que a nova proposta será votada na noite da próxima terça. Segundo Sérgio, esse foi o último esforço do governo para tentar um consenso em torno do tema. “O novo Código é uma matéria que envolve uma parcela significativa da sociedade brasileira e é um tema que não pode ter vencedores e vencidos”, disse.
Ontem, líderes dos partidos da base aliada estiveram reunidos com o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para tentar fechar o texto final, porém preferiram optar pelo adiamento porque o deputado ainda não havia protocolado formalmente o novo relatório do Código.
Fim da situação
O engenheiro agrônomo, Ciro Siqueira, Geomensor, M.Sc. em Economia Ambiental e pós-graduado em Geoprocessamento, estudioso do Código, acredita que a proposta será engavetada. Segundo ele, a leitura de Rebelo conseguiu dar vida nesse debate, mas o assunto continua sem solução. “Inclusive um ambientalista me disse que do jeito que estava não dava para ficar e esse foi o grande êxito do Aldo. O movimento ambiental estava sentado esperando a polícia cobrar o cumprimento da lei e agora está se movimentando”, diz.
Na sua opinião, se o relatório de Rebelo for aprovado, os pequenos terão uma sobrevida, mas o meio ambiente vai perder um pouco porque há prerrogativas na nova leitura que beneficia esses produtores. “Porém um dia a bomba relógio vai estourar lá na frente”, finaliza.