O Biorreator para produção de mudas de cana em escala que será instalado na nova Biofábrica do Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto (SP), deverá ser validado em seis meses, segundo cálculos de pesquisadores da Embrapa e do IAC. Em uma comparação rápida, João Batista Teixeira, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, responsável pelo desenvolvimento da metodologia de uso do Biorreator, explica que o sistema convencional utilizado atualmente é capaz de produzir 3 milhões de mudas por ano e pelo sistema de Biorreatores, cerca de 6 milhões de mudas ou mais, anualmente. “Poderemos aumentar em 50% o volume de produção, o que já compensa o investimento”, diz ele.
Segundo a pesquisadora do Programa Cana IAC, Silvana Creste Dias de Souza, a grande vantagem da nova Biofábrica (em fase de construção) e que utilizará o equipamento, está no processo de aceleração da multiplicação dos clones de cana em larga escala com qualidade fitossanitária convencional.
De acordo com João Batista Teixeira, o uso de Biorreator, permite otimizar a mão-de-obra, acelerar a produção e reduzir o custo de produção em no mínimo 30%, com manutenção ou melhoria da qualidade vigorosa da muda.
Outra vantagem na opinião de Teixeira, é a produção de plantas maiores que se adaptam melhor a fase de campo em uma casa de vegetação, também comumente chamada de estufa.
Produção em escala comercial
A empresa Tecnal será a responsável pela adaptação da tecnologia do Biorreator para uso comercial. Carlos Conte, gerente de projeto de Biofábrica da Tecnal, explica que para isso foi desenvolvida uma parceria com a Embrapa. “Saímos do modelo experimental para o comercial onde todos os elementos dos equipamentos foram ajustados através de uma reengenharia, com o objetivo de permitir o perfeito funcionamento em larga escala de produção. Estamos acompanhando todas as etapas de testes do Biorreator no IAC”, reforça.