A presidente Dilma Roussef fez questão de colocar na pauta de discussão com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, as queixas em relação às barreiras comerciais enfrentadas por produtos brasileiros naquele país. Entre as reclamações, estão a tarifa sobre importações de etanol, sobretaxas sobre suco de laranja e barreiras sanitárias à importação de carne. De acordo com a presidente, é fundamental que sejam rompidas as barreiras contra os produtos como etanol, carne bovina, algodão, suco de laranja, aço, por exemplo. E o mesmo assunto foi defendido por um grupo de empresários do setor sucroenergético brasileiro.
O fim das barreiras ao etanol foi defendida por Marcos Jank, presidente da Unica; pelo presidente do conselho do Grupo Cosan, Rubens Ometto Silveira de Mello; por Maurílio Biagi Filho, presidente da Maubisa; pelo presidente da Açúcar Guarani, Jacyr Costa Filho e pelo conselheiro do Grupo São Martinho, Marcelo Ometto.
Durante o encontro com Obama, Maurílio Biagi e Marcos Jank solicitaram maior empenho e esforço na redução das barreiras ao etanol brasileiro nos Estados Unidos.
Durante debate sobre energia na Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, Rubens Ometto aproveitou a oportunidade para se queixar da taxação. “O etanol é extremamente taxado e o petróleo circula livremente. Essa é uma equação que precisa ser enfrentada, isso é injusto”, disse.
Resposta
Depois da cobrança da presidente Dilma, em discurso no Teatro Municipal do Rio de Janeiro neste domingo, Barack Obama afirmou que há esforços para acabar com as barreiras.
Em relação as tarifas, Marcos Jank em entrevista nesta manhã a uma rádio de São Paulo, disse que a questão não depende de Obama. “O problema está em parte do Congresso americano, que não apóia a iniciativa. Para que a tarifa caia, tem de haver uma pressão que pode ser feita pelo governo. Esperamos que o assunto seja tratado pela presidente Dilma, ou iremos à OMC”, ressaltou Jank.